Despaixão ou catarse adiada
A vidraça enegrecida fita-me de volta. Lá fora, Lisboa quase adormecida recolhe as garras. Nas pontas dos meus dedos, as teclas ásperas do costume ronronam. Continue a ler “Despaixão ou catarse adiada”
Como os sonhos nos perseguem ou somos ecos
E se os quarenta fossem hoje? Agora? E os planos substitutos, os desejos por agora e o anonimato fantasias? Somos fantasmas daquilo que nunca seremos. Esta sou eu: uma folha em branco inconsciente de si mesma. Continue a ler “Como os sonhos nos perseguem ou somos ecos”
O exótico ou chuva de verão
Éramos selvagens. Esgotados pela macicez sôfrega de um oceano que se deixava engolir pelo céu, discutíamos políticas pessoais, deixando o mundo acabar-se longe desse pequeno paraíso de que só queríamos abdicar.
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Amoras ou sair da ilha é ficar nela
Partilho a alma com o arquipélago. À deriva, ouso o bálsamo da cidadania mundial, sentindo a dor que é não ter a língua azulada pelos quilos inesgotáveis de amoras e carinhos que só a ilha sabe dar. Porque a insularidade nos está no sangue:
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O melhor do que está para vir é a confusão de hoje?
Calhamaços bolorentos dividem a cama comigo. Lá dentro, Paris ao entardecer dá as mãos às manhãs gélidas de Londres. “A memória é a minha carcaça”, digo-lhe eu antes de sentir o duro golpe dessa arma imprevisível: o inexistente vocábulo que é a adultez.
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Salada de estórias: 20 de Junho
A vitória histórica de uma mulher nas eleições municipais de Roma, o início oficial do Verão e o anúncio de que as autoridades norte-americanas divulgarão parte das transcrições das chamadas telefónicas do atirador da Florida para o número de emergência marcam esta segunda-feira a par de duas outras estórias bem menos convencionais. Continue a ler “Salada de estórias: 20 de Junho”
Gerúndio da semana: intensificando
A vida até pode não ser um sprint, mas nesta maratona deliciosa que são os nossos dias há semanas que certamente têm tal aroma. Um brinde aos pequenos prazeres e aos grandes trabalhos, porque nem só de paz vive o Homem.
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“Pais, filhas” e espectadores desiludidos
Russell Crowe e Amanda Seyfried protagonizam Pais e Filhas de Gabriele Muccino, uma avalanche de enredos temperada com a vontade exagerada de emocionar. Continue a ler ““Pais, filhas” e espectadores desiludidos”
Literatura feminista: Sufoca-me esta campânula
Publicado sob o pseudónimo Victoria Lucas, em 1963, The bell jar (ou A campânula de vidro, na tradução portuguesa) de Sylvia Plath é uma viagem aterradoramente perspicaz pela raiz sexista da sociedade. Continue a ler “Literatura feminista: Sufoca-me esta campânula”
Alice ou o esquecimento começa agora
Que será de nós, seres repletos de poder e narizes tão altos quão os maiores monumentos da história? O esquecimento, dirá Alice, empregada de limpeza, vulgo apagador primeiro da nossa presença. Continue a ler “Alice ou o esquecimento começa agora”
Salada de estórias: 13 de Junho
O tiroteio em Orlando, a vitória da Alfama nesta edição das Marchas Populares de Lisboa e o impacto negativo da possibilidade de Brexit na bolsa marcam esta segunda-feira a par de duas outras estórias bem menos convencionais. Continue a ler “Salada de estórias: 13 de Junho”
Podes tirar o ser da ilha, mas não a ilha do ser
São Miguel, Açores por Isabel Patrício Continue a ler Podes tirar o ser da ilha, mas não a ilha do ser
Salada de estórias: 06 de Junho
O arranque das provas de aferição, a morte de David Gilkey, fotojornalista norte-americano no Afeganistão, e a detenção de um homem que planeava atentados no Europeu de futebol marcam esta segunda-feira a par de duas outras estórias bem menos convencionais.
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O imprevisto é uma bomba-relógio
Organize um mês perfeito: limpo, saudável e tão fácil quão delicioso. Preveja-o, saboreie-o, esqueça-o. O imprevisto é a porta inevitável para a Alice exausta em todos nós.
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Quem eu era não me lembro
Portugal (de São Miguel a Cascais) por Isabel Patrício Continue a ler Quem eu era não me lembro
Estórias imperdíveis: a privacidade é um mito?
Sinais ambíguos enchem o universo digital (e não só) esta semana. A privacidade é uma preciosidade escondida sob as enganosas camadas de respeito invasor. O perigo está onde menos espera…
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